qualidade de escrita.
O músico, compositor e intérprete Mito Gaspar venceu na categoria de Música, também pelo conjunto da sua obra, enraizado na identidade cultural angolana, recorrendo ao domínio do imaginário expresso nos provérbios quimbundo e em temas como “Havemos de Voltar” de Agostinho Neto, de que resultou uma brilhante tradução para o quimbundo pela sua pena “verga o seu canto à maneira de um cântico da vida existencial quimbundo”.
Na categoria Cinema e Audiovisual, o júri atribuiu o prémio aos criativos técnicos e investigadores do documentário “Independência”, nomeadamente Paulo Lara (criação, investigação e guião), Jorge Cohen (criação), Conceição Neto (investigação e guião) e Mário Basto (realização, investigação e guião). O júri decidiu atribuir o prémio a este documentário, sendo a investigação o suporte e a base do mesmo. Avaliado em 3,5 milhões de kwanzas, o prémio distinguiu na categoria das Artes Plásticas, o Núcleo de Jovens Angolanos de Banda Desenhada, que participou no Festival de Banda Desenhada e Animação 2016.
Ao grupo “Amor à Arte” foi atribuído o prémio, na categoria de Teatro, pelas peças “O Resultado” e “O verdadeiro sangue”, pela criatividade artística e cénica. Na Investigação em Ciências Humanas e Sociais, o prémio foi atribuído a Henrique Guerra pelo conjunto da sua obra, autor com um vasto campo de actuação no domínio das Ciências Humanas e Sociais desde a década de 50, como um dos angolanos pioneiros nos estudos etnográficos que o consagrariam nos anos 80 com o livro “Três Histórias Populares”.
Na Dança, o prémio foi para o conjunto de grupos de dança participantes no Festival Luvale de Kazombo, município do Alto-Zambeze, pelo alto grau estético, expressivo, criativo, maturidade interpretativa e cénica. Os rituais dançados, as máscaras, música, vestuário constituem uma forma de resgate, preservação e divulgação dos valores matriciais da cultura angolana.
A ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, elogiou e apelou aos criadores nacionais a desenvolverem e a darem prioridade à cultura da paz nos seus trabalhos, de forma a agregar valores culturais à dimensão da história dos angolanos.
Criado no ano 2000, o Prémio Nacional de Cultura e Artes constitui uma homenagem e incentivo ao génio criador e inventivo dos angolanos.
Fonte: Jornal De Angola
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