Achado reacende debate sobre possibilidade de vida fora da Terra
Uma equipe internacional de microbiologistas revelou, em junho de 2025, a descoberta de uma bactéria terrestre capaz de sobreviver em condições semelhantes às encontradas na superfície de Marte. O microrganismo, identificado em regiões desérticas da América do Sul, foi testado em laboratório sob atmosfera rarefeita, alta radiação e solo com composição análoga ao marciano — e surpreendentemente resistiu.
O estudo, publicado na revista científica Nature Microbiology, envolveu pesquisadores da NASA, da ESA (Agência Espacial Europeia) e de universidades latino-americanas, que vêm colaborando em projetos de astrobiologia.
Microrganismo extremófilo e o “solo marciano”
A bactéria em questão pertence a um grupo de extremófilos, organismos que sobrevivem em condições ambientais consideradas letais para a maioria das formas de vida conhecidas. Em laboratório, os cientistas recriaram o chamado regolito marciano, um solo com alta concentração de óxidos de ferro, sulfatos e sílica, além de exposição a raios ultravioleta intensos.
Mesmo após 45 dias sob essas condições, o microrganismo demonstrou atividade metabólica e reprodução lenta — um indicativo de que, ao menos em nível microbiano, a vida pode persistir em ambientes semelhantes ao de Marte.
Implicações para a exploração espacial
A descoberta reforça a teoria de que a vida pode existir em outros planetas ou luas com condições extremas, como Europa (lua de Júpiter) ou Encélado (lua de Saturno). Além disso, oferece dados relevantes para o desenvolvimento de missões tripuladas a Marte, pois a presença de microrganismos pode ter implicações na contaminação cruzada entre planetas.
“Se essa bactéria pode resistir a um ambiente simulado de Marte, precisamos considerar com mais seriedade a hipótese de vida passada ou até presente no planeta vermelho”, afirmou a astrobióloga Sofia Lang, da ESA.
Próximos passos
A pesquisa agora entra na segunda fase: testar a sobrevivência da bactéria em cápsulas que serão enviadas à órbita baixa da Terra para verificar como ela se comporta sob radiação cósmica e microgravidade. Parte do experimento deve integrar a missão Mars Life Probe, programada para 2027.
Curiosidade científica com impacto real
Descobertas como essa demonstram como a ciência na Terra pode expandir nosso entendimento do universo. Se a vida for possível em ambientes considerados inóspitos, talvez o conceito de "habitável" precise ser redefinido — e com ele, toda a nossa busca por companhia cósmica.